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Categoria
Inspiração
Data
01/10/2020
Inspiração
|
01/10/2020
A coleta seletiva de resíduos está deixando de ser uma ação individual e ganhando um novo capítulo nos condomínios residenciais. O aumento da preocupação com o descarte correto e reaproveitamento do que é descartado ao longo do consumo tem feito muitos locais investirem em espaços para a realização de compostagem de resíduos orgânicos e até mesmo a implantação de hortas comunitárias. Em alguns empreendimentos, esses itens já foram incorporados como diferenciais, como é o caso do empreendimento MOOU, da incorporadora SKR, localizado na Vila Madalena.
Com foco sustentável e instalado em um bairro que já tem tradição de praticar a coleta seletiva – o MOOU conta com um sistema instalado de gestão de resíduos gerados dentro do próprio condomínio que vem fazendo sucesso. Desenvolvido pela Polzer Ambiental, consultoria especializada em gestão de resíduos sólidos, o programa conta com um sistema que envolve desde a implantação de ecopontos para o descarte de recicláveis e rejeitos, instalação de quatro composteiras para a geração de adubo, criação de uma horta em floreiras suspensas, além do fornecimento de uma cartilha e workshops que orientam os moradores sobre como fazer a separação dos resíduos e seus benefícios. “Os moradores do prédio são mais jovens e interessados nessa prática. Além disso, soma-se o fato de que o bairro da Vila Madalena tem uma população mais ambientalmente engajada” – explica Veronica Polzer, sócia-proprietária da Consultoria.
Segundo ela, 50% dos resíduos domésticos gerados por um brasileiro típico são de origem orgânica que podem ser transformados em adubo para as plantas e são muito ricos em nutrientes.
Além disso, os moradores se conscientizam que o potencial de reciclagem dos resíduos também é significativo. “Se eles praticam a separação dos recicláveis e compostáveis, percebem que somente de 5% a 10% do que não é possível ser reciclado tem como destino os aterros sanitários, colaborando assim com a redução dos impactos dos resíduos no meio ambiente”.
A ideia de levar essa prática para os empreendimentos da SKR partiu de uma ação interna aplicada dentro do próprio escritório da incorporadora, em São Paulo. “Nós implantamos a gestão de resíduos sólidos na sede da SKR. Foi um trabalho de conscientização ambiental e criação de um plano de gerenciamento que deu muito certo. Hoje, a empresa separa papel, plástico, metal e os orgânicos, sendo esses últimos colocados em dois minhocários, que geram adubos para as plantas do local. A compostagem realizada através desse método não provoca cheiro e nem atraí insetos, pode ser realizada em qualquer local, explica Polzer.
Em um outro projeto da empresa de Verônica, a compostagem teve início em 2017 e já foi possível produzir cerca de cinco toneladas de adubo que foi utilizado em todo o jardim e na horta do condomínio localizado em Pinheiros e, ainda, distribuído para os moradores. A compostagem também “foi muito importante, nesse caso, pois ajudou a recuperar o solo do local que havia problemas de erosão e falta de nutrientes”.
Verônica ressalta que além dos benefícios ambientais, praticar a compostagem é também um trabalho social. “As pessoas que participam têm a oportunidade de conversar, trocar receitas, falar sobre o plantio e até mesmo envolver as crianças na atividade de troca de mudas das floreiras. Quando é anunciada essa mudança, os pequenos são convidados a participar. E é um momento divertido e especial para eles”.
Para Silvio Kuzochowicz, diretor-presidente da SKR, a partir de um projeto de sustentabilidade a incorporadora está entregando algo novo para a cidade de São Paulo. “Estamos introduzindo uma nova cultura, de mudanças de hábito, de valorização de resíduos através de um projeto de reciclagem, compostagem e horta. Entregamos todos os recursos para que esse empreendimento aconteça de um jeito novo. E, nesse sentido, criando uma nova forma de viver na cidade de São Paulo”, reforça. Se depender de Silvio, muitas hortas e composteiras estão previstas nos próximos empreendimentos da SKR.