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Mercado

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30/07/2020

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Mercado

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30/07/2020

Pandemia não abala as estruturas do setor imobiliário no primeiro semestre de 2020

José Rafael Zullo, responsável pela área de Inteligência de Mercado da SKR, aponta o bom desempenho do mercado de médio e alto padrão e enfatiza a estratégia da incorporadora em focar no estoque para manter as vendas em alta.

 

O mercado imobiliário está vivendo um momento positivo, mesmo com a pandemia do novo coronavírus batendo na porta de muitas empresas e teimando em fazer morada. Segundo um levantamento feito por José Rafael Zullo, Gerente de Incorporação da SKR e responsável pela área de Inteligência de Mercado da companhia, com base em informações do setor referentes aos lançamentos residenciais na região metropolitana de São Paulo, o balanço geral desse primeiro semestre de 2020 foi positivo. A começar pelo desempenho do primeiro trimestre do ano, se comparado ao mesmo período de 2019, com um crescimento de 25%. “Havia uma expectativa de que este ano seria um período incrível, por conta da alta demanda e os juros baixos, o que se torna um cenário favorável para a compra de apartamentos”, explica.

Com a chegada da Covid-19, que não pediu licença para entrar, havia um temor de que o setor fosse atingido duramente como muitos que sentiram duramente os reflexos da pandemia. Porém, o mercado imobiliário conseguiu seguir em frente, mesmo tendo que frear a velocidade dos lançamentos no segundo trimestre. “As obras não pararam, a confiança do consumidor se manteve em alta em relação à saúde das incorporadoras. O mercado da construção civil desacelerou menos, o que facilita a sua retomada. Seguimos firmes e fortes”, ressalta Zullo.

Um dos comportamentos atípicos do setor, de acordo com José Rafael, foi um aquecimento nos lançamentos no mês de julho, um período tradicionalmente menos movimentado por conta das férias. “Aconteceram lançamentos em quase todas as regiões da cidade. Tenho percebido uma movimentação muito intensa de demolições e plantões sendo construídos”, observa o gerente.

Entre os segmentos que se destacaram em performance no primeiro semestre do ano, de acordo com Zullo, está o mercado residencial vertical de médio-alto e alto padrão, e preço de m² acima de R$ 10 mil. “Por conta do isolamento social, da mudança de hábitos, muita gente tem feito um esforço para comprar unidades melhores, maiores e em empreendimentos que ofereçam uma área comum com boa infraestrutura e que incentive a convivência”, analisa.

Nesse cenário, a SKR tem se mantido estável. Com seis projetos em andamento, que estão em fases diversas – desde o desenvolvimento do conceito do produto até a montagem do stand de vendas – e um landbank estimado em R$ 750 milhões, a incorporadora confia em seu estoque para manter as vendas em alta. “A atual conjuntura nos permite fazer bons negócios com unidades mais antigas, que poderiam estar paradas”, enfatiza José Rafael.

Para o segundo semestre, Zullo acredita que a retomada de lançamentos deve vir com mais força nos meses finais.  “Muitas pessoas ficaram receosas em adquirir um apartamento durante a pandemia e acabaram não fechando a compra porque não quiseram ficar descapitalizadas. Esse mesmo público deve retomar as conversas a partir de agora, quando o cenário de 2021 começar a ser desenhado. Acreditamos que 2020 ainda pode ser um ano positivo no mercado imobiliário na RMSP, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas.”

Crescimento virtuoso

O setor imobiliário não foi o mais afetado por esse período originado pela pandemia porque vinha desfrutando de um grande crescimento nos últimos dois anos, depois de amargar um longo período de crise que abalou o desempenho do setor. Após três anos de lançamentos em baixa, conforme análise de José Rafael, o mercado voltou a crescer em 2018, com um salto no VGV lançado, que totalizou R$ 25 bilhões.

Em 2019, esse período de bons ventos se concretizou. O VGV lançado subiu para R$ 38 bilhões, relativos a quase 500 empreendimentos e 88 mil unidades. “O setor bateu um recorde histórico de volume de lançamentos e vendas durante o ano passado. Um marco histórico para o setor na Grande São Paulo. 2020 tinha tudo para se mostrar igual ou até melhor. A pandemia nos fez desacelerar para pensar, revisar, reajustar. É importante que atuemos agora com calma, para que 2021 seja um ano de retomada forte e saudável, sem abusos” - finaliza Zullo.

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