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Categoria
Arquitetura
Data
02/06/2020
Arquitetura
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02/06/2020
Um vírus chegou de repente e mudou toda a dinâmica da vida das pessoas e das empresas. Envolveu uma série de pausas e ajustes para enfrentar o desconhecido, que a cada dia mostra que realmente veio para promover transformações. Para o mercado imobiliário, isso implica na forma como arquitetamos, construímos e propomos o viver.
Alguns movimentos e questionamentos já estavam em curso antes da pandemia da Covid-19 e devem tomar uma força ainda maior no período pós-coronavírus. O mercado imobiliário estava vivenciando o crescimento de um mercado composto por unidades habitacionais cada vez menores, com um grande número de empreendimentos espalhados pelas grandes capitais no mundo com apartamentos com metragens próximas de um pequeno quarto de hotel, porém com localização estratégica no que diz respeito à mobilidade. A nova lei de zoneamento foi a grande impulsionadora da explosão do mercado de unidades micro.
Quando as incorporadoras deram início aos seus investimentos nessa área, começou uma grande corrida pela competitividade: apartamentos cada vez menores – existem empresas no mercado que oferecem unidades com 18 m² de área habitável em imóveis lotados delas – e um pacote de serviços cada vez mais robusto, que possibilita ao morador concentrar sua vida em um único lugar. Por serem construídas em áreas privilegiadas, o metro quadrado tem um preço salgado, o que eleva o valor desses imóveis. Ou seja, o barato sai caro.
Porém, antes da pandemia já havia algumas reflexões a respeito do crescimento desenfreado desse mercado em específico. Eu gosto muito de um artigo escrito pelo estilista Giorgio Armani no qual ele faz uma análise sobre como serão os desfiles no período pós-pandemia, sobre a real necessidade de coleções relâmpagos, que logo ficam fora de moda devido à própria velocidade de mudança do mercado.
O que eu quero dizer é que esse artigo vem de encontro à minha percepção sobre a importância de perenizar a qualidade do produto habitacional e de seu projeto. Por exemplo, em Nova York, um projeto social de unidades habitacionais não pode contemplar apartamentos menores do que 45 m².
A SKR também está apostando no mercado de unidades mais compactas, porém não aceitamos construir imóveis com unidades com menos de 30 m² - pode parecer engraçado, mas 30 m² é o máximo de compactação que conseguimos chegar - com qualidade e um bom desenho. Espaço é sinônimo de qualidade de vida, algo que as pessoas já estão priorizando ao refletirem sobre as lições que essa pandemia veio nos trazer. Por isso, nossos apartamentos ganham relevância no setor.
Há uma diferença em quem compra esse tipo de apartamento para investir e quem adquire para morar. E acho que o mercado ainda não faz distinção sobre essa visão. A arquitetura dos empreendimentos da SKR permite que o morador faça suas adequações sem precisar desmontar nada. Faz sentido reduzir tanto a metragem das unidades? Minha resposta é não.
Além do espaço, nossos empreendimentos com apartamentos compactos contam com uma infraestrutura que já vínhamos praticando em nossos imóveis de alto padrão, pois acreditamos há muito tempo na importância da conexão dos moradores com o espaço e o entorno. Nosso aplicativo Compass, plataforma de comunicação entre todos que convivem no condomínio (moradores entre si, moradores com os colaboradores do prédio, moradores com os serviços), está cada vez mais com várias funcionalidades agregadas, o que prioriza o consumo e a comodidade, substituindo o antigo interfone pela tecnologia. Fora isso, fisicamente vamos agregando serviços de recebimento de encomendas, minimercados, locação de bicicletas, entre outros.