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Categoria
Mercado
Data
09/07/2020
Mercado
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09/07/2020
O mercado imobiliário vive uma temporada de bons ventos atualmente. A taxa Selic torna o ambiente econômico favorável para muita gente pensar em sair do aluguel e encarar a compra da casa própria, trocando o valor da locação pela prestação do financiamento, que, como reflexo desse movimento, tem apresentado queda nos juros. Hoje, a Selic está na casa dos 2,25% ao ano, o índice mais baixo da série histórica iniciada em 1986, segundo analistas.
Estima-se que ainda neste ano, adquirir um financiamento para comprar um apartamento será possível a uma taxa próxima entre 6% a 7% anual.
Mesmo com um cenário de pandemia, aumento no desemprego e queda de renda, as pessoas ficam atraídas por comprar um imóvel com uma prestação mais baixa. Como os financiamentos são longos, a redução da taxa de juros faz uma grande diferença no valor da prestação.
Para Pedro Marolla, Diretor Financeiro da SKR, a queda nos juros beneficia vários pontos importantes da cadeia: o consumidor, que vai buscar linha de crédito para comprar um imóvel, e as incorporadoras, que precisam de funding para financiar a produção.
Outro aspecto que aquece o mercado imobiliário nesse momento, também reflexo da baixa na Selic, é a falta de atratividade nas aplicações financeiras. Muita pessoas têm migrado suas aplicações, que hoje não apresentam rendimentos tão interessantes, para a compra de ativos – no caso, os imóveis. Pedro afirma que, com isso, surgem muitas oportunidades para compradores investirem nesse tipo de produto. “É possível comprar imóveis a preços muito competitivos, que no longo prazo voltam a ficar mais altos e valorizados, quando a renda voltar a melhorar”.
A mudança na relação com a moradia tem feito muita gente repensar uma troca de apartamento ou a compra de um com configurações específicas. A pandemia da Covid-19 instaurou de vez a era do home office, o que vai influenciar diretamente na movimentação das vendas. “As pessoas vão precisar de um espaço especial para trabalhar e dividir bem o espaço entre o morar e a parte profissional. E isso vai fazer muita gente a buscar novas alternativas residenciais”, analisa Pedro.
Na visão de Marolla, a maior aproximação do crédito imobiliário com o mercado de capitais também proporciona uma situação favorável para o setor de financiamento. “Com um número maior de investidores, mais capital circulando no mercado, novos fundos sendo lançados, tudo isso vai resultar em juros mais baixos no financiamento como nunca visto antes”.
Conforme o diretor, o número de pedidos de portabilidade de crédito imobiliário aumentou quase cinco vezes entre janeiro e abril desse ano se comparado com o mesmo período de 2019. “Em um financiamento de 360 meses qualquer redução nos juros tem impacto significativo na parcela e no valor final do contrato. Muitos financiamentos que foram fechados com taxas entre 9% e 11%, estão sendo transferidos para outros bancos que cobram taxas entre 6% e 7%. Isso faz muita diferença no final” - exemplifica.
Para o diretor da SKR, essa queda nos juros é importante para a participação do setor imobiliário como uma mola propulsora importante da retomada da economia. “Vamos impulsionar a economia e ajudar o país a voltar a crescer. Estamos esperançosos”, conclui.