Categoria
Mercado
Data
14/05/2020
Mercado
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14/05/2020
Após uma euforia com o aquecimento dos investimentos no mercado financeiro, a pandemia da Covid-19, maior crise global da saúde pública e da economia desde a Segunda Guerra Mundial, acertou em cheio a boa lucratividade das ações da B3. Chegou a promover uma queda de 47% nos papeis entre janeiro e março, o que tem deixado os aplicadores com receio, principalmente aqueles com um perfil menos arrojado, mais clássico e com aversão ao risco. Isso promoveu uma migração de investimentos para a chamada de carteira tradicional, o que inclui a compra dos imóveis.
“Com a queda da taxa de juros, muita gente aplicou seus recursos em ações. Porém, com a atual situação de declínio brutal na rentabilidade, voltam a ficar conservadores novamente, pois estão com medo do futuro”, analisa Pedro Marolla, Diretor Financeiro da SKR Incorporadora.
Segundo Marolla, a empresa já percebeu um aumento do número de clientes querendo investir em imóveis ou até mesmo antecipar os valores de seus contratos. “Notamos uma elevação entre 10% a 12% dessa procura. O investidor que é avesso ao risco, que quer ter investimento em tijolo, está olhando para o longo prazo”, enfatiza.
Esse aumento na procura se deve, de acordo com o diretor da SKR, ao perfil do cliente da incorporadora, voltado para imóveis de alto luxo e com alto poder aquisitivo. Isso também permite à SKR lidar neste momento com um baixo índice de inadimplência e planejar com calma os seus próximos lançamentos. “O cliente valoriza o nosso empreendimento como uma oportunidade de investir seu dinheiro. Nós estamos seguindo com as nossas obras e estudando o momento mais adequado para colocar no mercado novos produtos”, diz.
Em relação ao futuro, Marolla espera que a busca por imóveis para investimento continue cada vez mais aquecida para os próximos anos. “Estamos torcendo para que esse movimento continue, que os investidores continuem entendendo o imóvel como um investimento de longo prazo e sigam injetando seu dinheiro em novas compras. Mesmo que haja desvalorizações no que diz respeito a preço – normalmente são sensíveis - ele nunca perderá o imóvel”, conclui.