Moema dos pássaros e dos índios: um bairro que reúne modernidade, infraestrutura e tradição

O bairro de Moema é conhecido por unir modernidade e tradição. Uma de suas principais particularidades é a sua divisão por “regiões”, delimitada pela avenida Ibirapuera. No sentido centro, a lateral direita fica ao lado dos pássaros e na parte esquerda, a região dos índios.

Nomes como Nhambiquaras, Jurupis, Aratãs, Iraí, Anapurus, Arapanés, Chibarás, Miruna, Tupiniquins, Moaci, Aicás, Catuiçara, Guaramomis, Iraúna, Iraé, Indiaroba, Jurupis, Maicuru, Ubaira, entre tantos outros, são algumas referências que dão nomes às ruas do lado direito de Moema.

Já na esquerda, os pássaros ganham destaque na nomenclatura das vias. Bem-Te-Vi, Canário, Gaivota, Pavão, Periquito, Pintassilgo, Sabiá, que são algumas espécies que “habitam” Moema. Segundo alguns moradores, há presença de muitos, que voam entre os prédios e pousam nas sacadas para alegrar a vista, como periquitos, sanhaços e sabiás.

A Moema dos índios é caracterizada pela maciça presença de comércio e bares. Ali é possível encontrar uma forte concentração de lojas de vestuário e calçados, que atraem pessoas de várias regiões da cidade em busca de produtos de qualidade a bons preços. Outro ponto que favorece esse canto do bairro, levado muito em conta pelas pessoas que buscam se instalar por lá, é estar fora da rota dos aviões do aeroporto de Congonhas, que fica a apenas 4 km dali.

Já na Moema dos pássaros, há restaurantes descolados e boutiques de grandes marcas, além do shopping Ibirapuera, fundado em 1976 e que hoje ainda é um dos preferidos dos paulistanos.

Reconhecimento

Mas essa separação não surgiu do nada em Moema. Ela marca a história do bairro desde sua fundação e aconteceu quando um de seus fundadores, o engenheiro Fernando Arens Júnior, vendeu terras em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, em 1915, obtidas de índios da região.

Com o dinheiro, Júnior comprou terrenos onde está localizado o bairro atualmente. E como reconhecimento, colocou nomes de diferentes povos em metade das vias. Já na outra parte, decidiu colocar nomes de pássaros, homenageando a Mata Atlântica.

Empreendimentos verticais

Os dois lados do bairro ainda são bastante procurados, o grande volume de lançamentos em Moema vem valorizando ainda mais o bairro. Os consumidores são atraídos por conta da infraestrutura completa, localização estratégica e que une a modernidade e conforto no mesmo lugar.

Há algumas décadas, o bairro de Moema era conhecido pelos prédios luxuosos e de alto padrão, com apartamentos muito espaçosos, que dividiam espaços com casas que traziam referências da criação da região, em 1954. Nos dias de hoje, a modernidade tomou conta com os empreendimentos verticais que atendem a todos os públicos – desde aqueles que valorizam uma arquitetura mais clássica e buscam os apartamentos mais antigos, como aqueles que são atraídos pela contemporaneidade das novas construções.

Perfis variados

O público que hoje mora tanto na Moema dos pássaros quanto na dos índios é diverso. Desde famílias que querem usufruir da infraestrutura e fazer tudo por ali – compras, educação, trabalho, entre outros – até jovens que optam por começar a vida em apartamentos menores, próprios para essa fase, mas que priorizam a mobilidade e a mistura dos aspectos urbanos com a forte presença da natureza.

E, para quem gosta de um ar interiorano, em busca de sossego, também pode encontrar isso no bairro. No largo de Moema, que circunda a igreja Nossa Senhora Aparecida, tem todas as referências dessa vida mais pacata, com direito a banco na praça e feirinha de artesanato.