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Categoria
Arquitetura
Data
11/06/2020
Arquitetura
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11/06/2020
Na visão dos profissionais que atuam para a SKR, prédios de uso misto seguirão com força no mercado brasileiro.
Os projetos imobiliários se tornaram mais complexos nos últimos anos, impactados diretamente pelas novas tendências para o conceito de habitação. Em busca de qualidade de vida, vários consumidores optaram por morar mais perto do trabalho ou dos seus principais compromissos diários, abrindo mão de apartamentos com amplos espaços para habitar em locais menores, porém que permitam a eles passar menos tempo no trânsito e em deslocamentos pela cidade. E que possuam infraestrutura que priorize a funcionalidade e a convivência com conveniência.
Com a pandemia da Covid-19 ainda em curso, que abalou as estruturas de vários mercados e levou as pessoas a readequarem a estrutura de vida por conta do isolamento social, esse movimento no mercado imobiliário não deve perder força. Muito pelo contrário, os projetos de uso misto devem se tornar uma tendência ainda mais forte, com um número cada vez maior de empreendimentos que reúnam, em um mesmo lugar, residências, escritórios, comércio e áreas de convivência.
Segundo o arquiteto José Luiz Lemos, que assina, pelo escritório Aflalo & Gasperini, o futuro empreendimento da SKR na Rua Luminárias, na Vila Madalena, seguindo esse perfil, o projeto vem de encontro à cidade de São Paulo, que vive um momento de transformação. “A intenção é que ele se torne um marco, não somente pela localização, mas pela sua proposta, marcada pela verticalidade”.
Nesse sentido, um dos pontos altos é criar um espaço para o bairro, não somente para os usuários do edifício. “A ideia é criar um grande lobby que, além de uma grande praça pública, possa ser um local de circulação e de encontro das pessoas”, enfatiza Lemos. Além disso, o empreedimento contempla ainda uma área para a instalação de um comércio.
Diferentemente do mercado de imóveis compactos, que vem reduzindo cada vez mais a metragem dos apartamentos, a SKR aposta no amplo espaço para suas unidades menores. No empreendimento, os apartamentos estilo Studio contam com cerca de 30 m², enquanto o apartamento de 1 dormitório contabiliza aproximadamente 50 m². “Nós trabalhamos muito a questão da funcionalidade nos ambientes para tornar os espaços cada vez melhores. O layout interno tem evoluído muito nesse sentido”, explica Lemos. Uma das fortes características dos apartamentos da incorporadora com metragens maiores – a ventilação natural – também é levada em conta nestas unidades como um diferencial.
Convivência e adaptação
Outro ponto forte desses empreendimentos, como contraponto às metragens menores das unidades, são as áreas generosas de convivência – trabalho, lazer e de prática esportiva, além de recebimento de encomendas e delivery. “Com a vida mais dinâmica, as pessoas tendem cada vez mais a não cozinhar mais em casa e priorizar a praticidade. Além disso, querem se deslocar menos para trabalhar, se cuidar, se divertir e fazer suas compras”, enfatiza José Luiz Lemos.
O home office ganhou maior relevância nos últimos meses principalmente por conta da pandemia. De acordo com o arquiteto José Ricardo Basiches, que assina o projeto do futuro lançamento da incorporadora na Rua Minerva, em Perdizes, já existem alguns movimentos de readequação para acomodar ainda mais a demanda. “Tivemos que retirar o primeiro andar de um prédio e transformá-lo em área para trabalho, adaptando estações com privacidade. Com isso, o morador pode fazer reuniões e trabalhar fora da residência”.
Com a Covid-19, na visão de Basiches, muita gente não estava preparada para adaptar a demanda de trabalho em casa. “Elas estão usando provisoriamente a mesa de jantar da sala, misturando a casa com o trabalho”. Mas, segundo ele, deve haver uma maior demanda por adaptações dentro do próprio apartamento para a criação de um ambiente somente para isso. “Vai ser necessário repensar a questão do conforto sob o ponto de vista do morar, separando o trabalho e o habitar, com espaços que possam ser revertidos se necessário. Com essa experiência do isolamento social, as pessoas estão dando mais valor para a própria casa”, conclui ele.