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Mercado
Data
27/08/2020
Mercado
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27/08/2020
A pandemia pegou em cheio o bolso de muitos brasileiros. Com isso, a inadimplência atingiu níveis alarmantes: segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no mês passado, 26,3% das famílias brasileiras estão com algum tipo de conta em atraso. E, dentro desses atrasos, muitas vezes a prestação do imóvel está incluída, o que fez oscilar para cima o índice de inadimplência de várias incorporadoras. Mas na SKR, esse cenário não teve um impacto tão significativo. Acostumada a trabalhar com um índice de 2%, a empresa se viu às voltas com uma subida para 4%, porém agiu rapidamente para trazer o número para o patamar costumeiro. Pedro Marolla, CFO da incorporadora, conta que, apesar do nicho que a SKR atue – alto padrão ter sido pouco afetado - essa leve alta foi reflexo das consequências econômicas - “A grande perda mesmo foi sentida no médio e baixo padrão”.
Nesse período, a Construtora percebeu o aumento do número de solicitações, por parte de alguns clientes, para rever algumas condições de contrato. E a incorporadora tomou a decisão de avaliar caso a caso para mantê-los em sua carteira. “Nós conversamos com cada cliente e estudamos as melhores alternativas. Procuramos flexibilizar ao máximo tudo o que pudemos, dentro das nossas condições. Postergamos alguns vencimentos e também as parcelas anuais”, enfatiza Marolla. Com isso, rapidamente o índice de inadimplência voltou aos 2%.
O CFO da incorporadora reforça que o patamar histórico de inadimplência da SKR de 2% está ligado a um trabalho feito pela equipe, que tem início a partir do fechamento da venda. “Nós fazemos uma análise de crédito muito criteriosa. Checamos se o cliente tem alguma negativação, protesto e, se isso acontece, o chamamos para uma entrevista individual para entender o caso e quando ele pretende saldar o débito”.
Outra questão que a SKR mantem em seu radar é a dos distratos. Seu objetivo é manter baixo o índice de desistência de compras. Para se ter ideia, no ano passado a SKR registrou apenas duas devoluções de imóveis. “Distratos complicam bastante a situação da incorporadora, pois há todo um planejamento financeiro de construção da obra e quando acontece o distrato, isso impacta diretamente no fluxo financeiro e nas garantias alienadas ao banco”, explica.
Para os próximos meses, com o país ainda vivendo a pandemia, Pedro acredita que não deve haver novas elevações no índice de inadimplência da SKR. “Nosso volume de solicitações de revisão de pagamentos caiu para zero nos últimos dois meses. Por isso acredito que entraremos numa velocidade de cruzeiro, mesmo que o ciclo econômico não volte ao nível esperado”, avalia. “O atual momento impacta diretamente nos lançamentos. Estamos estudando a possibilidade de trazer novos produtos ao mercado. Precisamos estudar a demanda”, conclui.